Peter Donnelly: How juries are fooled by statistics
Peter Donnelly: Como os júris são enganados pela estatística
Peter Donnelly is an expert in probability theory who applies statistical methods to genetic data -- spurring advances in disease treatment and insight on our evolution. He's also an expert on DNA analysis, and an advocate for sensible statistical analysis in the courtroom. Full bio
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falar em frente desta audiência.
nem das maravilhas da evolução,
as desigualdades no nosso mundo.
na moderna economia mundial.
vou falar de estatísticas
de coisas apaixonantes na estatística.
e dos que vierem depois.
quando eu era novato nesta profissão,
eram pessoas que gostavam de números,
para serem contabilistas.
entre os estatísticos, que é:
introvertido e um extrovertido?"
que olha para os sapatos dos outros".
útil — cá vai, por isso concentrem-se.
de História Natural da Universidade.
espero que apreciem,
do melhor da tradição vitoriana.
e com este grupo de pessoas —
com quem preferiam não falar.
Quando vos perguntarem:
"Sou estatístico".
e sabem que vocês estão a fingir.
no outro canto da sala
ou as duas coisas,
e de qualquer coisa para comer.
com a pessoa que pretendem.
tentar explicar o que fazemos.
para jantares nem para conversas.
para que nunca tive muito jeito
era minha namorada —
ela trabalhava para a BBC, na Grã-Bretanha
que perguntou:
nas coisas que eu lhe contava
para me escutar.
a desenvolver modelos matemáticos
e a genética moderna.
"O que é que ele faz?"
do que eu tinha o direito a esperar
"O que é que ele modela?"
no meu trabalho e disse: "Genes".
e não vos digo mais nada sobre isso.
é pôr-vos a pensar
e do acaso, no nosso mundo,
como pensamos nisso, bem ou mal.
até agora
nas palestras até aqui.
umas perguntas.
que vou fazer.
a ser lançada ao ar, sucessivamente.
— que se vai manter bastante vaga —
por uma coroa, seguida por uma coroa
uma moeda ao ar, repetidas vezes.
que escolhemos, ocorre aqui.
cinco, seis, sete, oito, nove, dez
mais interessantes para fazer,
tem moedas e as lançam ao ar,
cara-coroa-coroa.
ocorra depois do 10.º lançamento.
e tiramos a média a esses números.
não gosta de cara-coroa-coroa.
pensam que é aborrecida.
noutro padrão — cara-coroa-cara.
e começam os lançamentos.
até aparecer o padrão cara-coroa-cara
têm um número exato —
de lançamentos até cara-coroa-coroa.
de lançamentos até cara-coroa-cara.
uma de três coisas é verdade.
é maior do que este,
e vão ter que votar
para refletir nisso,
até termos visto cara-coroa-coroa,
até termos visto cara-coroa-cara.
caras-coroa-caras do que cara-coroa-coroa?
que, em média, são iguais?
cara-coroa-cara do que cara-coroa-coroa?
eu disse que tinham que votar.
acha que B é que é verdade.
eminentes matemáticos pensam o mesmo.
até cara-coroa-cara é 10
até cara-coroa-coroa é 8.
a última é igual à primeira.
podiam obter facilmente duas ocorrências
com cara-coroa-coroa.
com cara-coroa-coroa,
e sai cara.
uma coisa maravilhosa, espantosa.
— vocês ficam entusiasmadíssimos.
os copos estão gelados, para a festa.
do lançamento final.
põem os copos de lado
à espera que saia cara.
partes da sequência.
com a primeira cara
com a coroa a seguir.
do caminho do vosso padrão.
— é por isso que há uma diferença.
oito milhões de vezes,
de cara-coroa-cara
mas cara-coroa-cara pode ocorrer em cachos.
de coisas entre oito milhões de posições
os cachos estarão mais separados.
as coisas intuitivas.
uma questão de probabilidade fácil
— e vocês estão bem acompanhados.
à minha paixão, que é a genética.
e cara-coroa-coroa, na genética.
obtemos uma sequência de caras e coroas.
de duas coisas — caras e coroas —
chamadas enzimas de restrição
determinados padrões.
na moderna biologia molecular.
ocorre uma cara-coroa-cara?"
se usar uma enzima de restrição
por exemplo?"
entre probabilidade e genética.
mas não tenho tempo para entrar nela
uma área da ciência apaixonante.
especificamente sobre isso.
para desbloquear os segredos
pelas modernas tecnologias experimentais,
algo de útil no meu trabalho —
do que a história de cara-coroa-cara,
informáticos e matemáticos
— dois exemplos —
no meu grupo em Oxford,
o Projeto do Genoma Humano.
uma cópia do genoma humano.
depois de fazer aquilo
de cinco ou seis países diferentes.
como aprender o que temos em comum
como tentar compreender
entre pessoas diferentes.
perceber como essas diferenças
a uma doença — digamos, diabetes tipo 2 —
mais suscetíveis a doenças cardíacas,
neste país,
com uma de oito doenças diferentes,
e tipo 2, doenças coronárias,
para tentar perceber a genética.
genéticas que causam as doenças.
sobre a maior parte das doenças humanas.
e compreendendo a genética,
para a forma como funciona a doença
nas terapias para as doenças
à minha principal paixão.
de pensar na incerteza.
um teste para uma doença
ou alguém no meio da rua
para a doença em questão.
— o vírus que provoca a SIDA —
tem essa doença.
que ela a tenha?
99% das vezes.
a resposta natural é 88%.
porque a resposta não é essa.
seja apenas parte da história.
ser vulgar ou rara.
de um milhão de indivíduos.
que seja rara
a maioria é saudável
a prevalência da doença,
e os restantes não.
e 99 terão um resultado positivo.
que não têm a doença,
de falsos positivos será enorme.
— estes são os indivíduos envolvido —
é rigoroso, a parte importante da história
de duas explicações opostas.
provável e, em parte, improvável.
não tem a doença
se agarrarmos numa pessoa ao acaso —
o que é pouco provável.
tem a doença — o que é improvável —
o que é provável.
estar ligada à outra.
é pouco provável.
exatamente da mesma coisa.
um caso que ficou célebre
cujos dois bebés morreram subitamente.
que eles tinham morrido de "morte súbita",
da morte súbita infantil".
foi depois acusada de homicídio.
de renome testemunhou
de bebés, numa família como a dela
era de uma em 73 milhões.
foi absolvida num segundo apelo.
como deve ser terrível
se estiverem inocentes,
ser condenada por homicídio,
onde as prisioneiras
— é terrível acontecer isso a alguém.
porque o especialista
de duas formas diferentes.
de um em 73 milhões?
que a probabilidade de uma morte súbita
era de uma em 8500.
se há uma morte súbita numa família,
morrer de morte súbita, não muda".
de "presunção de independência".
ao ar sair caras à primeira",
de obter caras à segunda vez".
duas vezes seguidas,
vezes 50% — da segunda vez.
dois acontecimentos independentes.
ao tribunal, como uma presunção
devia ter sido verificada empiricamente.
sobre mortes súbitas de bebés.
que desconhecemos,
fatores genéticos que desconhecemos
deve-se pô-la num grupo de risco.
de risco ambientais
que desconhecemos.
de uma segunda morte
é muito má ciência.
e no tribunal ninguém o contestou.
o número de um em 73 milhões?
deu grande estrilho na imprensa —
respeitados jornais da Grã-Bretanha
inocente era de uma em 73 milhões".
como o erro de pensar
que é 99% rigoroso,
que ter em conta duas coisas,
de o teste ter acertado ou não.
de a pessoa ter a doença ou não.
ou relativamente prováveis,
estava inocente
era esmagadoramente provável —
extraordinariamente improvável.
mas muito improvável na mesma.
numa coisa improvável.
de um julgamento criminal,
dada a presunção de inocência.
os bebés, tinha conseguido.
estar inocente não é de uma em 73 milhões.
do peso das outras provas contra ela
ou improbabilidade
uma em relação à outra.
na estatística
e extremamente infelizes.
que foram condenadas
que vieram a ser libertadas no apelo.
hoje uma carga de descrédito
levar para casa a partir disto?
e a incerteza e o acaso
enquanto coletivo, sejam muito especiais —
os exemplos que dei.
interpretam mal as coisas.
ao raciocinar com incerteza.
com as subtilezas da linguagem
sobre como chegámos lá.
com a incerteza.
a estatística sustenta
— ciência social, medicina,
no fabrico industrial
mas temos tendência para não o fazer.
e ao julgamento de Sally Clark,
o que o especialista disse.
que dissesse a um júri:
Construí uma na estrada.
para voltar para casa".
não sabem construir pontes.
e disse, ou sugeriu:
Sei fazer estatísticas."
"Ótimo, Ele é especialista".
onde está ou não está a nossa competência.
que surgem hoje, no perfil do ADN,
e, nalguns casos, os juízes,
de forma rotineira.
mas interpretam mal as provas.
é de uma em três milhões".
— tal como os 73 milhões para um —
por causa disso.
do sistema legal,
o nosso melhor para apresentar provas",
de ADN — este é outro —
que são pessoas vulgares
muito maus nisto —
com o tipo de raciocínio que se mantém.
discutem — exceto talvez na política —
se as pessoas discutem sem lógica
e não esperamos muito mais.
estamos sempre a enganar-nos
devíamos ter consciência disso.
quanto a isso.
ABOUT THE SPEAKER
Peter Donnelly - Mathematician; statisticianPeter Donnelly is an expert in probability theory who applies statistical methods to genetic data -- spurring advances in disease treatment and insight on our evolution. He's also an expert on DNA analysis, and an advocate for sensible statistical analysis in the courtroom.
Why you should listen
Peter Donnelly applies statistical methods to real-world problems, ranging from DNA analysis (for criminal trials), to the treatment of genetic disorders. A mathematician who collaborates with biologists, he specializes in applying probability and statistics to the field of genetics, in hopes of shedding light on evolutionary history and the structure of the human genome.
The Australian-born, Oxford-based mathematician is best known for his work in molecular evolution (tracing the roots of human existence to their earliest origins using the mutation rates of mitochondrial DNA). He studies genetic distributions in living populations to trace human evolutionary history -- an approach that informs research in evolutionary biology, as well as medical treatment for genetic disorders. Donnelly is a key player in the International HapMap Project, an ongoing international effort to model human genetic variation and pinpoint the genes responsible for specific aspects of health and disease; its implications for disease prevention and treatment are vast.
He's also a leading expert on DNA analysis and the use of forensic science in criminal trials; he's an outspoken advocate for bringing sensible statistical analysis into the courtroom. Donnelly leads Oxford University's Mathematical Genetics Group, which conducts research in genetic modeling, human evolutionary history, and forensic DNA profiling. He is also serves as Director of the Wellcome Trust Centre for Human Genetics at Oxford University, which explores the genetic relationships to disease and illness.
Peter Donnelly | Speaker | TED.com