Carolyn Steel: How food shapes our cities
Carolyn Steel: Como a comida modela as nossas cidades
Food is a shared necessity -- but also a shared way of thinking, argues Carolyn Steel. Looking at food networks offers an unusual and illuminating way to explore how cities evolved. Full bio
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que raras vezes se faz.
se entrarmos numa loja ou restaurante,
dentro de cerca de uma hora,
numa cidade com o tamanho de Londres,
alimentar as cidades.
tão dependentes do mundo natural
a ir para as cidades,
estão a ser transformados
como esta atrás de mim.
no Mato Grosso, no Brasil,
não nos alimentam só a nós.
a mudar-se para as cidades,
da produção mundial de grão
se este passar primeiro por um animal,
de nos alimentarmos.
aumentam de mãos dadas.
para alimentar em 2050.
é um problema
não seremos capazes de resolver.
de hectares de floresta tropical
a perder uma quantidade equivalente
pela salinização e pela erosão.
por combustíveis fósseis.
para produzir cada caloria
que produzimos a custos óptimos,
é, actualmente, deitada fora.
no final deste longo processo,
o planeta decentemente.
enquanto outros mil milhões passam fome.
80% do mercado global da comida
cinco multinacionais,
o mundo adopta também uma dieta ocidental.
é uma dieta insustentável.
vamos fazer acerca disto?
à questão um pouco mais fácil.
há cerca de 10 000 anos,
tinha a forma de um crescente
duas invenções extraordinárias,
e ao mesmo tempo.
e as cidades estão ligadas.
pela primeira vez,
suficientemente grande
uma colónia permanente.
complexos de templos
de alimentos espiritualizados,
que organizavam as colheitas,
o grão que os deuses não comiam.
física e espiritual destas cidades
que as sustentavam.
ram assim tão pequenas.
de um milhão de cidadãos
uma cidade destas se alimentava?
"quilometragem antiga dos alimentos".
de comida a partir de grandes distâncias.
isso possível no mundo antigo,
alimentos pelas estradas,
estragava-se muito rapidamente.
como Cartago e o Egipto
às suas reservas de grão.
que a expansão do Império
tenho mesmo que falar nisto:
a importar ostras de Londres.
de acordo com o seu apetite.
é que aquilo também
de Londres no século XVII,
chegava pelo Tamisa,
ficavam no sul da cidade.
partiam para Cheapside,
o que lá se passava há 300 anos.
era verdade para o peixe.
Era a mesma coisa.
era o mercado de peixe de Londres,
no mesmo local até meados dos anos 80,
quando se pensa nisso.
uma azáfama com cheiro a peixe.
da comida nas cidades:
se estabelecerem na cidade,
para dentro da cidade.
vinha de noroeste,
de Londres, se localizava aí.
e por aí acima até ao nordeste.
a fazer isto.
por pequenos sapatos de algodão.
é que a comida chegava.
fisicamente pela comida.
também nos dão imensas pistas.
o peixe à sexta-feira.
que imaginar isto cheio de comida.
onde se comprava e vendia comida.
de Smithfield em 1830
viver numa cidade como esta
de onde vinha a comida.
Grande Linha Férrea Ocidental em 1840.
passageiros do comboio
pelo mercado adentro.
longe do coração,
possibilita pela primeira vez,
em qualquer local.
estar limitadas pela geografia:
através de difíceis meios físicos.
emancipadas da geografia.
do aparecimento dos comboios,
muito fácil de alimentar
pelo seu próprio pé,
por alguém a pé,
Depois do comboio chegaram os carros.
o final deste processo.
desprovida de cheiro,
certamente desprovida de gente.
caminhar num cenário destes.
era meterem-se nos seus carros,
algures nos arredores,
para uma semana,
muda completamente.
— que costumava ser o centro,
— na periferia.
era um acontecimento social,
agora apenas juntamos água,
se estamos a fazer um bolo.
para ver se está boa para comer.
na parte de trás de uma embalagem.
Não confiamos nela.
deitamo-la fora.
dos sistemas alimentares modernos
o que tinham prometido facilitar.
de cidades em qualquer lugar,
da nossa relação mais importante,
de sistemas que só eles podem providenciar,
semi-independentes
loucos pela agricultura,
da ordem de Utopia,
enquadrado dessa maneira.
da visão de "Utopia",
de cidades-estado semi-independentes.
com terra arável à volta,
de ordem desta visão.
mas não tem nada a ver
com estas ideias utópicas,
deliberadamente por Thomas More.
os gregos atribuíam-lhe um duplo sentido.
como lugar nenhum.
Não podemos tê-la.
que é a habitação humana,
e "topos" para lugar.
como uma ferramenta realmente ponderosa,
para modelar o mundo de forma diferente.
como seria o aspecto de Sitopia?
um pouco com isto.
É só pela expressão da cara do cão.
a comida no centro da vida,
sendo celebrada,
a tirarem tempo para ela.
na nossa sociedade.
se não houver pessoas como estas.
para um monte de vegetais crus
Fazemos parte de uma rede.
não podemos ter locais destes.
é um homem a comprar um vegetal.
é cultivada localmente.
Faz parte da vida social da cidade.
ter este tipo de local,
e também faz parte da paisagem,
um bem essencial de balanço nulo,
e cultivo da comida.
chamada Kevin, ou
a um miúdo chamado Kevin, não sei.
são extremamente importantes.
é a forma de ver.
por todo o lado.
como uma maneira de ver.
vamos deixar de ver as cidades
não produtivas, como esta.
não é uma grande imagem.
mais de produzir comida assim.
que precisamos de ter.
modela a nossa vida.
disto tem 650 anos.
de Ambrogio Lorenzetti.
o campo vai cuidar da cidade.
Ambrogio Lorenzetti pintaria
da boa governação nos dias de hoje?
também é o que comemos.
podemos usar a comida
poderosa para modelarmos melhor o mundo.
ABOUT THE SPEAKER
Carolyn Steel - Food urbanistFood is a shared necessity -- but also a shared way of thinking, argues Carolyn Steel. Looking at food networks offers an unusual and illuminating way to explore how cities evolved.
Why you should listen
The question of how to feed cities may be one of the biggest contemporary questions, yet it's never asked: we take for granted that if we walk into a store or a restaurant, food will be there, magically coming from somewhere. Yet, think of it this way: just in London, every single day, 30 million meals must be provided. Without a reliable food supply, even the most modern city would collapse quickly. And most people today eat food of whose provenance they are unaware.
Architect and author Carolyn Steel uses food as a medium to "read" cities and understand how they work. In her book Hungry City she traces -- and puts into historical context -- food's journey from land to urban table and thence to sewer. Cities, like people, are what they eat.
Carolyn Steel | Speaker | TED.com