Sherwin Nuland: How electroshock therapy changed me
Sherwin Nuland: Como a terapia de electrochoques me transformou
A practicing surgeon for three decades, Sherwin Nuland witnessed life and death in every variety. Then he turned to writing, exploring what there is to people beyond just anatomy. Full bio
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de electrochoques.
dos seus colegas,
podiam estar profundamente deprimidos,
como esquizofrenia,
que se apoderavam do corpo.
de uma forma ou de outra,
o que ainda acontece, como sabem.
um fundamento científico em 450 a.C.,
afugentar os maus espíritos.
que podiam causar convulsões.
até ao fim da Idade Média,
estão repletos de prescrições
de expulsar os espíritos maléficos.
Auricularis von Hohenheim,
um nome que provavelmente conhecem...
o grau de convulsão
de cânfora na indução da convulsão.
pegarem em naftalina
a sentir deprimidos?
mas eu não o recomendaria.
nos séculos XVII e XVIII
sem ser a cânfora,
a convulsionar-se a ele próprio
na ponta do seu papagaio.
de electricidade para produzir convulsões.
até cerca de 1932,
que tratavam sobretudo de depressões,
que também eram epilépticos
de ataques epilépticos,
com frequência era debelada.
mas podia não reincidir.
na produção de convulsões,
ligamos a pessoa à ficha.
e as pessoas abanam bastante."
e nenhum dos porcos morreu.
como dizem os italianos, "cagutis".
sem esperança de tratamento,
a três semanas de observação,
a uma pequena fonte de corrente.
dois décimos de segundo.
de um observador em primeira-mão,
sobre estes assuntos
— notem que ele não tinha sido adormecido —
olhou para os três parceiros e disse:
estão a tentar fazer?' "
dizer isso em italiano.
durante as semanas de observação.
durante meio segundo.
se estivesse perfeitamente bem.
eles deram-lhe uma série de tratamentos,
começou a utilizar a electricidade
a pessoas esquizofrénicas
na década de 30 e em meados da de 40,
era muito, muito eficaz
não existiam fármacos anti-depressivos,
mas a grande dificuldade
de paralisar os músculos.
os farmacologistas desenvolveram
uma convulsão completa,
nas ondas cerebrais,
nos dedos dos pés.
e muito útil.
os primeiro anti-depressivos.
princípio da de 80 surgiram outros,
dos direitos dos doentes
que testemunhavam.
a terapia de electrochoques, desapareceu,
com depressões profundas,
esta história nesta conferência?
porque, na realidade,
e me pediu para vir falar
a todos os oradores —
que fosse novidade para esta audiência,
nunca tivéssemos escrito,
a planear este momento.
que, há quase 30 anos,
tratamentos de terapia de electrochoques.
o maior eufemismo do ano.
pessoas divorciadas nesta sala
a revolta, quem sabe que mais.
uma infância difícil,
com a pobreza, mas perto.
em que ninguém falava inglês,
e muitas outras coisas.
quando nos começámos a odiar um ao outro,
durante um período de uns anos,
condenado a não ser salvo.
os meus principais casos cirúrgicos,
antes das 11 da manhã.
sabem o que isso é.
sair de debaixo dos cobertores.
perfeitamente claro para os meus colegas.
começaram a diminuir.
referências decresciam,
"Meu Deus, não consigo trabalhar mais".
de Psiquiatria de Cuidados Agudos
desde a faculdade de medicina, disseram:
ao bloco operatório.
um grande monte de "esterco bovino".
com mentiras como aquela.
eu não estava a funcionar de todo.
Andava inclinado.
Por vezes não me barbeava. Era terrível.
nada era claro nessa altura —
a longo prazo.
hospital psiquiátrico.
na Primavera de 1973,
se chamava Hartford Retreat.
no estado do Connecticut,
que existiam nessa época.
disponíveis naqueles dias.
— Mellaril — e quiçá o que mais.
com icterícia por causa dessas coisas.
muito conhecido no Connecticut,
com profissionais mais experientes.
e eu depois vim a saber o que acontecera.
que não podiam fazer nada
que se tinha afastado do mundo.
já estava tão esmagado,
sobre coincidências.
de cada vez que os via,
todo o tipo de compulsões rituais,
e tinham de pisar todas as linhas?
que tinha todos esses rituais,
havia um medo feroz na minha cabeça.
de Edvard Munch, "O Grito".
que não havia terapia, nem tratamento.
no hospital de Hartford
eu não tive conhecimento,
era uma lobotomia pré-frontal.
responsável pelo meu caso.
comigo duas a três vezes por semana.
de três ou quatro meses.
mais velho, e eles concordaram
naquele sítio.
um futuro extraordinário.
Tenho feito consultas após consultas.
Leram relatórios e por aí fora.
neste caso é uma pura depressão
obsessivo advém dela.
se fizerem uma lobotomia pré-frontal.
ao longo do espectro,
terrível, terrível
mas o seu juízo será afectado,
que era para os seus dois filhos,
"Voando sobre um ninho de cucos".
em estupor para o resto da vida."
de terapia de electrochoques?"
Aceitaram para o calar.
Grande coisa. Não fará qualquer diferença."
e ainda é de 6 a 8.
a dormir, deram-me o relaxante muscular.
À sétima não funcionara.
tenha notado alguma coisa —
e eles concordaram com mais 10 sessões.
que era uma alteração temporária.
na forma como me sentia.
que estava a dar a volta,
para, por um acto de vontade,
com os pensamentos obsessivos.
na minha cabeça se tivesse solto
e hão-de lembrar-se de Mad Margaret,
Sir Despard Murgatroyd.
de 5 em 5 minutos, e ele disse-lhe:
para tu voltares à realidade,
vai ser 'Basingstoke'."
e ela dizia "Basingstoke, seja",
Não consigo dizer "Basingstoke".
E era bastante simples.
pelo menos para mim.
a pensar obsessivamente -
depois de 20 tratamentos de choques,
a um grupo de cirurgiões
voltei a New Haven.
que conseguia ultrapassar esta prova.
ainda melhor do que tinha sido antes.
como muitos sabem.
Tem sido muito feliz.
tenho de dizer, "Ah, merda!".
um pouco obsessivo.
ter falado nisto, falar nisto agora?
é sobre a morte e morrer,
e o espírito humano,
místicos estão sempre na nossa cabeça,
com as minhas experiências pessoais.
de pessoas que assim pensam assim —
que eu retrato nos livros,
que ultrapassou dificuldades.
bebeu até fartar,
duma infância-à-beira-desastre.
alertar as pessoas sobre a morte e morrer,
e o espírito humano.
era um impostor
o que vos acabei de contar.
em New Haven que sabem
para vir cá hoje falar sobre isto
e de forma egoísta —
desprovida de problemas
ter menos de 30 anos,
que estão bem acima dos 30.
e que me parecem ser quase todos vós.
duma magnífica e excitante carreira
que vos assombra.
a uma pequena percentagem de vós.
irá haver contratempos.
de psiquiatras experientes,
reencontrar o seu caminho
que existir na sua vida.
vão parecer muito familiares.
em todas as sociedades que foram estudadas,
ressuscita das suas próprias cinzas
que ainda é mais bela que a anterior.
ABOUT THE SPEAKER
Sherwin Nuland - DoctorA practicing surgeon for three decades, Sherwin Nuland witnessed life and death in every variety. Then he turned to writing, exploring what there is to people beyond just anatomy.
Why you should listen
Sherwin Nuland was a practicing surgeon for 30 years and treated more than 10,000 patients -- then became an author and speaker on topics no smaller than life and death, our minds, our morality, aging and the human spirit.
His 1994 book How We Die: Reflections of Life's Final Chapter demythologizes the process of dying. Through stories of real patients and his own family, he examines the seven most common causes of death: old age, cancer, AIDS, Alzheimer's, accidents, heart disease and stroke, and their effects. The book, one of more than a dozen he wrote, won the National Book Award, was a finalist for the Pultizer Prize, and spent 34 weeks on the New York Times best-seller list. Other books include How We Live, The Art of Aging: A Doctor's Prescription for Well-Being; and The Soul of Medicine: Tales from the Bedside.
Sherwin Nuland | Speaker | TED.com