Philip Zimbardo: The psychology of evil
Philip Zimbardo: A psicologia do mal
Philip Zimbardo was the leader of the notorious 1971 Stanford Prison Experiment -- and an expert witness at Abu Ghraib. His book The Lucifer Effect explores the nature of evil; now, in his new work, he studies the nature of heroism. Full bio
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desde há séculos:
quando era pequeno.
no sul do Bronx, um gueto urbano
que cresceram num centro urbano.
eram realmente bons miúdos,
de Robert Louis Stevenson.
metiam-se em problemas, iam presos.
sem a ajuda das drogas.
para mim aquilo não era ficção.
o que é que meteram naquele sumo?
aquela linha entre o bem e o mal
gostam de acreditar que é fixa e impermeável,
os outros do lado do mal
e que era permeável.
a atravessar essa linha,
crianças más podiam recuperar
esta ilusão maravilhosa
e ao fazê-lo,
os diabos do mundo.
sempre repleto de bem e mal,
da condição humana.
Se se recordam,
em algumas escrituras.
juntamente com os outros anjos caídos.
torna-se Satanás,
a força do mal no Universo.
enquanto local para guardar o mal.
em mantê-lo lá.
para entender os seres humanos
nos aspetos negativos
se podem tornar,
o mal é o exercício de poder.
psicologicamente,
pessoas mortalmente, ou ideias,
que certamente já deveria ter definhado,
num terço de segundo.
ficaram chocados, tal como eu,
soldados norte-americanos
a situações de humilhação extrema.
no Estudo da Prisão de Stanford.
da administração Bush disseram... o quê?
quando há um escândalo.
São algumas maçãs podres,
os soldados norte-americanos são bons.
Como é que vou lidar com essa hipótese?
às dúzias de relatórios de investigação.
Podia estudá-lo,
era ou não uma maçã podre.
a todas as mil fotografias
de soldados norte-americanos.
ou câmara no telemóvel,
Mais de um milhar.
dos EUA, militares da reserva.
para esta missão.
a Zona 1-A, durante o turno da noite.
era o centro dos serviços secretos militares.
Estava lá a CIA.
da Titan Corporation, todos lá,
de informação sobre a revolta.
sobre estes soldados,
para quebrarem a vontade no inimigo,
para os enfraquecerem,
Eram esses os eufemismos,
o prisioneiro com os braços abertos
de Leonardo da Vinci,
tinha uma doença mental.
todos os dias
para que ele não cheirasse mal.
apelidá-lo de "Rapaz Merda".
o antigo secretário da Defesa, Rumsfeld.
"Quero saber, quem são os responsáveis?
Bem, esta é uma má pergunta.
A principal chama-se disposicional.
as maçãs podres.
aparecem e dizem: "Sim,
Qual é o disfarce?
em quais são os fatores externos
e escapa-se-lhes a grande questão
num perito para Abu Ghraib:
que corrompe os indivíduos
política, económica, cultural.
de barris podres.
temos de alterar a situação.
com estes três fatores.
para a situação?
essa situação?
recentemente publicado, é sobre
boas pessoas se tornam más?
embora se foque no mal,
qualquer um de nós amável ou cruel,
[revista] The New Yorker,
toda a minha palestra:
dependendo das circunstâncias".
pensam conhecer,
a história. Vocês viram o filme.
uma pequena criança judia do Bronx,
"Seria possível o Holocausto ocorrer aqui, agora?"
"Não, isso foi na Alemanha Nazi,
"Sim, mas supõe que o Hitler te perguntava:
'Nem pensar, eu não, eu sou uma boa pessoa.'"
"Porque é que não te colocamos numa situação
de veres o que farias?"
1000 pessoas normais.
500 em Bridgeport.
"Psicólogos querem perceber a memória.
para o sucesso." Ok?
pelo seu tempo."
empregados de escritório."
e um de vocês será um aprendiz
que está noutra sala.
como ter apenas 20 anos.
da autoridade, o homem de bata branca:
é dar a este homem material para ele aprender.
na caixa de choques.
Ele nem o sente."
Todo o mal começa com 15 volts.
são 450 volts.
o homem está a gritar:
Quero sair daqui!"
Você queixa-se.
se lhe acontecer alguma coisa?"
"Não se preocupe, eu serei o responsável.
dos 450 volts?
quando chega aos 375,
"Perigo. Choque Grave."
têm "XXX" — a pornografia do poder.
iria até ao fim?"
Porque se trata de comportamento sádico
um por cento dos norte-americanos são sádicos.
Eles não poderiam estar mais errados.
Este foi apenas um estudo.
E olhem para isto.
como vocês ir até ao fim,
pessoas revoltarem-se, 90 por cento revoltam-se.
Estudo 13 — iguais aos homens.
o voluntarismo com que as pessoas
indo até aos 450 volts.
com que quase toda a gente seja totalmente obediente,
Porque toda a investigação é artificial.
suicídio ou foram assassinados
na floresta da Guiana, em 1978,
a uma pessoa, o pastor deles
o Reverendo Jim Jones.
dos tempos modernos,
no Anjo da Morte.
um estudo acerca do poder das instituições
a mesma turma na Escola Secundária
especialmente com o Craig Haney —
com um anúncio.
um anúncio pequeno e barato,
para um estudo acerca da vida na prisão.
fizeram testes de personalidade.
Escolhemos duas dúzias:
o papel de prisioneiros ou guardas.
tínhamos boas maçãs.
não existe diferença
O estudo vai começar no domingo."
detenções realísticas.
na entrada e um agente vem à porta
eles levaram-me porta fora.
e vizinhos por todo o lado.
depois conduziram-me por Palo Alto.
Depois puseram-me numa cela.
então eles puseram-me numa cela,
com uma porta com barras.
nesta roupa degradante.
demasiado a sério.
que vão ser desumanizados.
os símbolos de poder e anonimato.
Ridicularizam-nos sexualmente.
nos soldados em Abu Ghraib.
A reação ao "stress" foi tão extrema
porque eram saudáveis,
porque ficou fora de controlo.
forem para a batalha
eles vão para a guerra
n' "O Senhor das Moscas".
nos seus uniformes.
torturam, mutilam.
de forma inconsciente.
Desindividualização de Si Próprio.
Obediência cega à Autoridade.
através da inação ou indiferença.
situações novas ou pouco familares.
não funcionam.
estão desligadas.
o praticante do mal;
diz-nos Dostoyevksy.
A psicologia não é uma "desculpalogia".
podem ser transformadas, sem drogas.
Só precisamos dos processos sócio-psicológicos.
Comparem isto com isto.
— e vou ter de terminar assim — diz:
o como e o porquê
agem humanamente,
em certas circunstâncias."
"O marcante estudo de Stanford
e deixaram que acontecesse.
do general Fay,
E neste relatório,
durante um longo período de tempo.
Quem é que estava a "tomar conta da loja"?
ninguém, de propósito.
para fazerem aquelas coisas,
descer àquela masmorra.
em todas essas áreas.
do modelo médico
de um modelo de saúde pública
situacionais e sistémicos.
é uma doença. A violência é uma doença.
a lidar com problemas
E sabem que mais? Não funciona.
"a linha que separa o bem do mal
É algo de pessoal.
com uma nota positiva.
no nosso sistema educativo.
"Eu sou o próximo herói,
mas sim em perceber os heróis.
que cometem atos heróicos.
da Hannah Arendt.
estão errados,
também são modelos errados para elas,
que a maioria dos heróis são pessoas normais,
Este é o Joe Darby.
um travão a tudo. Era ele um herói? Não.
porque havia pessoas que o queriam matar,
ao Estudo da Prisão de Stanford.
eu era o diretor da prisão.
Eu estava completamente indiferente.
àqueles rapazes é terrível.
eles não são guardas,
em alguns de nós,
de outros. É a mesma situação.
"Não te metas. Mete-te na tua vida".
"Mamã, a Humanidade é a minha vida".
— vamos terminar em breve —
em novos cursos de heróis,
— ele tem um "workshop" de herói —
esta auto-categorização,
ensinar-lhes competências.
temos de aprender a ser divergentes,
contra a conformidade do grupo.
na sociedade são extraordinárias. Que atuam.
não egocentricamente.
que alguns de vocês conhecem,
o herói do metro de Nova Iorque.
afro-americano, de 50 anos.
Estão lá 75 pessoas.
Elas bloqueiam.
e ele tem dois filhos pequenos.
no meio dos carris,
passa por cima dele.
"Eu fiz o que qualquer um poderia ter feito,
"Eu fiz aquilo que todos deveriam fazer".
seremos perpetradores do mal.
Arthur Andersen.
do mal da inação passiva.
para tomar o caminho
apenas uma vez na vida,
deixámos a oportunidade passar.
Obrigado. Obrigado.
dos sistemas maus em casa e lá fora,
pela justiça e pela paz,
o nosso governo não tem feito.
ABOUT THE SPEAKER
Philip Zimbardo - PsychologistPhilip Zimbardo was the leader of the notorious 1971 Stanford Prison Experiment -- and an expert witness at Abu Ghraib. His book The Lucifer Effect explores the nature of evil; now, in his new work, he studies the nature of heroism.
Why you should listen
Philip Zimbardo knows what evil looks like. After serving as an expert witness during the Abu Ghraib trials, he wrote The Lucifer Effect: Understanding How Good People Turn Evil. From Nazi comic books to the tactics of used-car salesmen, he explores a wealth of sources in trying to explain the psychology of evil.
A past president of the American Psychological Association and a professor emeritus at Stanford, Zimbardo retired in 2008 from lecturing, after 50 years of teaching his legendary introductory course in psychology. In addition to his work on evil and heroism, Zimbardo recently published The Time Paradox, exploring different cultural and personal perspectives on time.
Still well-known for his controversial Stanford Prison Experiment, Zimbardo in his new research looks at the psychology of heroism. He asks, "What pushes some people to become perpetrators of evil, while others act heroically on behalf of those in need?"
Philip Zimbardo | Speaker | TED.com