Chimamanda Ngozi Adichie: The danger of a single story
Chimamanda Ngozi Adichie: Chimamanda Adichie: O perigo da história única
Inspired by Nigerian history and tragedies all but forgotten by recent generations of westerners, Chimamanda Ngozi Adichie’s novels and stories are jewels in the crown of diasporan literature. Full bio
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algumas histórias pessoais
"o perigo da história única".
na parte oriental da Nigéria.
que comecei a ler aos dois anos,
os quatro anos estão mais perto da verdade.
britânicos e americanos.
por volta dos sete anos,
com ilustrações a lápis de cor
o tipo de histórias que eu lia.
eram brancas e de olhos azuis.
de eu viver na Nigéria.
porque não havia necessidade.
muita cerveja de gengibre
que eu lia bebiam cerveja de gengibre.
do que era cerveja de gengibre.
de provar cerveja de gengibre.
e vulneráveis a uma história,
em que as personagens eram estrangeiras,
pela sua própria natureza,
pessoalmente.
quando descobri livros africanos.
como os livros estrangeiros.
Chinua Achebe e Camara Laye
na minha percepção da literatura.
não podia formar rabos-de-cavalo,
sobre coisas que reconhecia.
americanos e britânicos que lia.
Abriram-me novos mundos.
que as pessoas como eu
fez por mim foi isto:
daquilo que os livros são.
convencional, da classe-média.
lá em casa tínhamos ajuda doméstica
vinha de vilas rurais próximas.
arranjámos um novo empregado.
nos disse sobre ele
para a família dele.
a minha mãe dizia:
como a família do Fide não têm nada?"
da família do Fide.
fazer uma visita.
com um padrão lindo,
que o irmão dele tinha feito.
que alguém da família dele
era que eram muito pobres,
a minha história única sobre eles.
quando deixei a Nigéria,
nos Estados Unidos.
ficou chocada comigo.
a falar inglês tão bem,
que a Nigéria, por acaso,
a minha "música tribal",
a minha cassete da Mariah Carey.
usar um fogão.
esmo antes de me ter visto.
enquanto africana,
paternalista bem intencionada.
tinha uma história única de África.
não havia nenhuma possibilidade
mais complexos que a piedade.
duma relação entre humanos iguais.
para os Estados Unidos,
conscientemente como africana.
as pessoas voltavam-se para mim.
sobre locais como a Namíbia.
esta nova identidade.
agora como africana,
foi o meu voo de Lagos
um anúncio no voo da Virgin
na "Índia, África e outros países".
nos Estados Unidos, como africana,
da minha companheira de quarto para comigo.
fossem as imagens populares,
que a África era um local
morrendo de pobreza e SIDA,
tinha visto a família do Fide.
que esta história única de África
chamado John Locke,
fascinante da sua viagem.
a imaginação de John Locke.
enquanto lugar de negativos,
do maravilhoso poeta, Rudyard Kipling,
que a minha companheira de quarto americana
desta história única.
não era "genuinamente africano".
com o romance,
que tinha falhado
o que era a "autenticidade Africana".
que as minhas personagens
que também tenho culpas
dos Estados Unidos ao México.
nos Estados Unidos era tenso.
sinónimo de mexicanos.
que fugiam ao sistema de saúde,
esse tipo de coisa.
no primeiro dia,
senti uma breve surpresa.
sobre os mexicanos
numa só coisa na minha cabeça,
à história única dos mexicanos
em que penso,
na a estrutura do poder no mundo.
por "ser maior que outro".
económico e político,
pelo princípio do nkali.
quantas histórias são contadas,
a história de outra pessoa,
definitiva dessa pessoa.
Mourid Barghouti escreve:
é contar a sua história,
dos americanos nativos,
completamente diferente.
do estado africano
do estado africano,
que era uma grande pena
fossem abusadores físicos
acabado de ler um romance
fossem assassinos em série.
num ataque de leve irritação.
era um assassino em série,
que o estudante,
e cultural americano,
Steinbeck e Gaitskill.
que se achava que os escritores
bastante infelizes tivessem êxito,
que os meus pais me tivessem feito.
uma infância muito feliz,
numa família muito unida.
em campos de refugiados.
assistência médica adequada.
Okoloma, morreu num desastre de avião
não tinham água.
não receberem os salários.
da mesa do pequeno-almoço,
que teve de ser racionado.
um medo político normalizado
fazem de mim quem eu sou.
nestas histórias negativas
que me formaram.
é serem incompletos.
se torne na única história.
cheio de catástrofes.
como as horripilantes violações no Congo.
de 5000 pessoas se candidatarem
que não são sobre catástrofes.
é igualmente importante falar sobre elas.
com um lugar ou uma pessoa
as histórias desse lugar ou pessoa.
da nossa humanidade partilhada.
antes da minha viagem ao México,
sobre a imigração segundo os dois lados,
era pobre e trabalhadora?
uma rede televisiva africana
africanas para todo o mundo?
Chinua Achebe chama
conhecesse o meu editor nigeriano,
o seu emprego num banco
e lançar uma editora?
que os nigerianos não leem literatura.
que sabiam ler, iriam ler,
e disponível para eles.
o meu primeiro romance
em Lagos para ser entrevistada.
como moça de recados, disse-me:
não gostei foi do final.
e é isto que vai acontecer..."
o que escrever na sequela.
fiquei muito comovida.
pertencente ao comum dos nigerianos,
como se apropriara dele,
conhecesse a minha amiga Fumi Onda,
dum programa televisivo em Lagos,
as histórias que preferíamos esquecer?
soubesse da cirurgia ao coração
de Lagos na semana passada?
soubesse da música nigeriana contemporânea?
a cantar em inglês e pidgin,
soubesse da advogada
tivessem o consentimento dos maridos
conhecesse Nollywood,
apesar de grandes dificuldades técnicas?
são o melhor exemplo
da minha entrançadora de cabelo,
vendendo extensões de cabelo?
e por vezes fracassam,
da maioria dos nigerianos:
o nosso governo fracassado.
resistência de pessoas
em Lagos todos os Verões.
de pessoas que se inscrevem,
por escrever, por contar histórias.
de lançar uma sociedade não-lucrativa
de construir bibliotecas
de leitura e escrita,
por contar as nossas muitas histórias.
para desapropriar e tornar maligno.
para dar poder e para humanizar.
a dignidade de um povo.
reparar essa dignidade quebrada.
escreveu isto
que se mudaram para norte.
sobre a vida sulista
e reconquistaram uma espécie de paraíso".
sobre nenhum lugar,
ABOUT THE SPEAKER
Chimamanda Ngozi Adichie - NovelistInspired by Nigerian history and tragedies all but forgotten by recent generations of westerners, Chimamanda Ngozi Adichie’s novels and stories are jewels in the crown of diasporan literature.
Why you should listen
In Nigeria, Chimamanda Ngozi Adichie's novel Half of a Yellow Sun has helped inspire new, cross-generational communication about the Biafran war. In this and in her other works, she seeks to instill dignity into the finest details of each character, whether poor, middle class or rich, exposing along the way the deep scars of colonialism in the African landscape.
Adichie's newest book, The Thing Around Your Neck, is a brilliant collection of stories about Nigerians struggling to cope with a corrupted context in their home country, and about the Nigerian immigrant experience.
Adichie builds on the literary tradition of Igbo literary giant Chinua Achebe—and when she found out that Achebe liked Half of a Yellow Sun, she says she cried for a whole day. What he said about her rings true: “We do not usually associate wisdom with beginners, but here is a new writer endowed with the gift of ancient storytellers.”
(Photo: Wani Olatunde)
Chimamanda Ngozi Adichie | Speaker | TED.com